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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas: 
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava. 
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.
Pablo Neruda

sábado, 12 de janeiro de 2013

 Salgueiro chorão com lágrimas escorrendo 
Por que você chora e fica gemendo? 
Será por que ele lhe deixou um dia? 
Será por que ficar aqui não mais podia? 
Em seus galhos ele se balançava 
E ainda espera a alegria que aquele balançar lhe dava? 
Em sua sombra abrigo ele encontrou 
Imagina que seu sorriso jamais se apagou 
Salgueiro chorão, pare de chorar 
Há algo que poderá lhe consolar 
Acha que a morte para sempre os separou? 
Mas em seu coração para sempre ficou.